sexta-feira, 11 de maio de 2012

Invictus, de William Ernest Henley


Do fundo da noite que me cobre,
Preta como o breu, de lado a lado
Agradeço a todos deuses,
Pelo nobre inconquistável espírito a mim dado.

No acaso todo das circunstâncias
Não me deixei cair, nem gritar
Apesar de um estouro de ânsias
Minha cabeça sangra sem curvar.

Além desse lugar de tristezas e insanos
Nada se vê, só o Horror, desde cedo
E ainda assim a ameaça dos anos,
encontra-me e encontrar-me-á sem medo.

Não importa quantas vezes desatino,
nem quantas vezes a vida me espalma
Sou o dono e senhor do meu destino:
Sou o capitão de minh'alma.

.
.

Nenhum comentário: