sábado, 27 de março de 2010

Estou em Londrina, PR.

A chuva cai lá fora.

Apaguei na cama ontem à noite.

O vôo foi tranquilo. Exceto... rsrs, excepto...

Na aterrisagem o piloto arremeteu - pra quem não sabe "arremater" é abortar uma aterrisagem - e isso dá medo. Gosto de voar, e já voei bastante. Grandes distâncias. Hoje tenho cada vez mais visão de realidade, e os devaneios nas nuvens são um pouco menos intensos. Me vem aqueles momentos de percepção de realidade, parelha ao milagre do voo - voo não tem mais acento, hein...

E uma hora - a maior parte do tempo - eu sou um milagre que voa. Tempo parado. Contemplação. E num outro eu vejo a finitude e a vulnerabilíssima condição: uma cápsulazinha de metal, frágil - é, frágil, bem frágil - pairando no vazio.

Quando ele arremeteu senti medo.

Quando ele aterrissou, fiquei feliz. rsrs

Saindo do avião comentei, junto das pessoas que estavam ao meu redor, passageiros e alguns tripulantes:

- Voar é muito bom. Aterrissar é melhor ainda.

Todo mundo riu.

E fomos pisar no chão.

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