sexta-feira, 9 de maio de 2008

Os americanos têm medo de ficar ao ar livre?, por David Biello

Uma nova pesquisa confirma que, desde 1987, os americanos têm visitado cada vez menos os parques nacionais e outras reservas naturais. Atividades realizadas ao ar livre, que vão de acampar a caçar, entraram num declínio contínuo e crescente.
“As pessoas estão entrando bem menos em contato com a natureza e essa freqüência diminui a cada ano”, diz a ecóloga Patricia Zaradic, do Environmental Leadership Program e co-autora do relatório publicado nos Proceedings of the National Academy of Sciences USA. “Seriam necessárias mais 80 milhões de visitas neste ano para elevarmos o número per capita até o nível de 1987.”
Zaradic e seu colega Oliver Pergams, biólogo conservacionista da University of Illinois, em Chicago, analisaram as tendências das visitas a parques nacionais e florestas, parques estaduais, pesquisas sobre acampamento e o número de licenças para atividades como caçar ou pescar. Todas tiveram seu pico entre 1981 e 1991, depois de 50 anos de crescimento contínuo, e as taxas vêm declinando aproximadamente 1% ao ano desde então, chegando a uma queda média de até 25%.
Mesmo um pequeno aumento na freqüência de pessoas que fazem caminhadas e de mochileiros não contribuiu para amenizar o declínio geral. “O americano médio fazia uma viagem como mochileiro a cada 12,5 anos no passado e, agora, está fazendo uma vez a cada dez anos”, observa Zaradic. Dados semelhantes sobre visitas a parques no Japão e na Espanha mostram a mesma tendência. “Com os dados do Japão, parece claramente que esse pode ser um problema internacional”, ela diz.

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