segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Cheguei do trabalho e descansei um pouco.
Não devia ter ido ao trabalho hoje mas tive que concluir um negócio que iniciei ontem. Fechei dois negócios de ontem para hoje. Muito bom. Acho que esse vai ser um bom - ótimo...? rsrs - mês . Ainda tenho três dias para produzir, mas acho que já quebrei o meu "record", rsrs.
Na volta fui ver o Roberto, uma amizade sem preço, o maior amigo que cultivei e tenho. Não sei o tamanho de nossa amizade... só sei que é muito, muito grande. Vai além do que os meus olhos alcançam. Ele está bem, eu estou bem, e trocamos isso com alegria.
Em casa tomei um banho, escolhi uma roupa confortável, com carinho, porque gosto de fazer isso, e coloquei um perfume que me agradasse. Dessa vez foi o Yves Saint Laurent vermelho. Acho que é um dos mais clássicos perfumes para homem que há, rsrs.
Lembro fácil perfumes que gosto... De vez em quando cada um me vem a cabeça... O Hermés, o Captain, da Molineux, é fantástico, o Paco Rabane, e o que mais gosto, Água Brava, da Puig, algo de outra dimensão. Literalmente. Nacional só uso o Styletto; bom demais.
Estava com bastante fome e sai pra me levar para almoçar. Fui vendo a vida e as pessoas... Faço isso com um prazer enorme, e no caminho já tinha escolhido aonde ia comer.
Cheguei lá pensando em carnes, que gosto muito bem passadas - peço "estorricadas", rsrs - e saladas. Mas vi... uma caldeirada de frutos do mar... Uhhhhhh... Decidi de imediato dividir meu almoço em duas etapas, rsrsrs.
Devorei a caldeirada com um pouco de salada de alho poró e consumi o segundo capítulo, de carnes. Comi calma e prazerosamente.
Durante o almoço pensava, e vivia, os prazeres na vida que tenho. Calma. Consciente e amplamente. Lembro-me do sorriso da garçonete ao oferecer-me bebida e eu recusar, com um sorriso leve e cheio de vida. Meu sorriso leve. Minha vida.
Sai e a casa da Cristina estava ali, bem perto. Há tempos eu queria vê-la. Saudades.
Cristina foi minha aluna de informática. É uma querida e preciosa amiga. Uma amizade útil, como devem ser as amizades. Como devem ser as minhas amizades.
Ficamos felizes, os dois, de nos rever. Foi ótimo. Eu podia sentir e ver o quanto estávamos felizes de rever-nos depois de um bom tempo.
E fui para o cinema. Satisfeito, feliz.
Peguei o metrô que me deixa praticamente na porta do cinema e fui caminhando preocupado aonde acharia Mentos, rsrs. Meu cinema tem pipoca, coca-cola... e Mentos - dois hábitos que peguei na Inglaterra: Mentos e chocolate Kit Kat (Kit Kat é um hábito complicado de se manter... e se diluiu, rsrs). Mas pipoca depois do almoço não dá... Então procurei pelo Mentos no caminho... e sosseguei quando me lembrei que na bomboniere do cinema deveria haver.
Comprei o ingresso brincando com a bilheteira... sobre o fato deles ainda estarem ali, no Natal. Ela riu e o gerente do cinema também, acrescentando "você tá comprando ingresso...", "colocando" a culpa em mim, rsrs.
Queria ver Hitman à um bom tempo também. E sentei-me com meu Mentos no bolso, aguardando o filme começar, e às 16:32 de hoje eu estava sentado e senti uma sensação de paz, aconchego e serenidade como se a vida nesse intante... a vida me embalasse no seu seio. E assim era naquele instante. Senti uma paz profunda. E deixei aquilo se propagar pelo meu Eu, sem obstáculos e sem limites. Fiquei ali, em paz. Feliz.
E, com talvez mais do que a felicidade, paz. Paupável e tangível paz. A paz que um homem precisa e constrói. E ela estava ali, ao meu alcance. Em mim. Mais do que isso. Mais. Eu estava cheio dela. E a tratei bem, dizendo que gosto dela e que o lugar dela é dentro de mim.
Nesses momentos, que são vários, para mim, sinto... como se o tempo parasse, ou algo semelhante a isso.
Creio que construi o que tenho.
Outro dia estava no médico, e um tanto dividido entre o estar-ali e o meu horário de retornar ao trabalho que se aproximava... Relaxei e entrei em contato comigo. Serenei-me e entrei em contato com meu lado interno bom, com meu domicílio de paz. Entrei em estado de meditação, enquanto ele desenvolvia e fechava o diagnóstico. Quando ele "me chamou"- acho que ele pensou que eu tinha cochilado - de volta, eu estava num estado de paz profunda e tinha descansado.
Aprendi a meditar ao re-estruturar a minha em mente, em face de estados de crise extremos de minha mente; dor mental.
Hoje pouco o faço, mas naquela época, em algum tempo eu sabia e conseguia meditar em qualquer lugar. Pouco uso isso hoje em dia.
Mas está ao meu alcance, quando quero.
Paz.

Um comentário:

Anônimo disse...

adorei o que vc escreveu ...
isso se chama Maturidade....estar bem consigo mesmo...ter programas com a gente mesmo, sem precisar de companhia ...
eu tenho tb esses mesmos prazeres e rituais : o perfume é algo extremamente importante para mim ! e não me perfumo para os outros, me perfumo para mim ! Uso Eau Miraculeuse da Hermês, uso 24 Foubourg tb da Hermès e perfumes da Guerlain (shalimar, heure bleue e Aqua Allegora Grapefruit). Eu adoro ir ao cinema sozinha e sempre pego a sacola maior de pipoca ...aviso sempre COM POUCO SAL MAS MUITA MANTEIGA para a moça ! eu jamais compro balas ou confeites, nunca tem em casa. Agora sempre compro pastilhas de chocolate da M&Ms quando vou ao cinema ! deixo deretar cada pastilha bem lentamente ...

eu tb adoro observar o mundo ao meu redor e tenho gozo na alma so com cheiros, sabores, e sons !