A beleza é uma coisa terrível e espantosa. Terrível, porque indefinível, e não se pode defini-la porque Deus só criou enigmas. Os extremos se tocam, as contradições vivem juntas. Sou pouco instruido, irmão, mas tenho pensado muito nessas coisas. Quantos mistérios acabrunham o homem! Ele os penetra e volta intacto. Assim a beleza. Não posso tolerar que um homem de grande coração e alta inteligência comece pelo ideal da Madona e venha acabar no de Sodoma. Mas o mais horrível é, trazendo no seu coração o ideal de Sodoma, não repudiar o da Madona, arder por ele como nos seus jovens dias de inocência. Não, o espírito humano é demasiado vasto, gostaria de restringi-lo. O Diabo é quem sabe de tudo. Mas o coração acha beleza até no que o espírito considera vergonhoso. Há beleza no ideal de Sodoma? Acredita em mim, muitos encontram beleza nele. Conheces esse mistério? O assustador é que a beleza não é só terrível, mas misteriosa.
Dostoievski,
Dostoievski,
Um comentário:
Esse blog é um espaço que diariamente vem me alimentando.
Os pratos são elaborados com iguarias indescritíveis.
Todos meus sentidos se deleitam por aqui.
Sinto o aroma dos lugares, das imagens.
Vislumbro a beleza do que se estrutura.
Escuto entre outros, o silencioso som dos peixinhos do mar.
Saboreio as letras que se juntam em poesia.
Tateio milimetricamente a imensidão desse supra-sumo de tudo.
Parabéns grande Átila!
Só cabe agradecer, tudo o que daqui se ganha.
É um imenso prazer.
Karin van der Broocke
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